terça-feira, 13 de agosto de 2013

Equinácea


Nome Científico: Echinacea sp.

Família botânica: Asteraceae (Compositae)

Nomes populares: flor-roxa-cônica, cometa-roxo, equinácea, flor-de-cone

Origem ou Habitat: América do Norte , meio oeste dos EUA

Partes usadas: Raízes,folhas, flores,e sementes

Há 9 espécies de equinácea, todas norte americanas, das quais, 3 são mais usadas como ervas medicinais. A Echinacea purpurea é a mais conhecida. Suas raízes são a parte mais potente da planta, mas as folhas e as sementes também tem uso medicinal.
Algumas variedades são apreciadas como ornamentais e para o corte de flores, mas mantém o poder terapêutico.

São elas:
- Magnus, com flores roxo-rosadas,
- White Swan (branca), considerada tão potente quanto as formas cor-de-rosa;
- Primadonna, de flores grandes, existente em rosa-escuro e branco puro.
- A Doppelganger tem uma segunda camada de pétalas como uma coroa, surgindo do alto do cone.
- A Fanccy Frills lembra um girassol rosado e perfumado.
- A equinácea-de-folhas-estreitas (E. augustifolia) e a roxo-clara (E.Pallida) tem maior potência terapêutica que a E.purpurea.
- A Equinacea-amarela (E.paradoxa) é uma bela espécie de flores grandes com pétalas amarelas estreitas e centro cor de chocolate. Suas raízes tem propriedades semelhantes as da E.Pallida. 


Echinacea purpurea ( L.) Moench (A mais conhecida)

Características botânicas: Planta herbácea perene, ereta, rizomatosa, florífera, pouco ramificada, de 60-90 cm de altura, com folhas opostas, curto-pecioladas, cartáceas, ásperas, com três nervuras salientes, medindo de 4 a 12 cm de comprimento. Inflorescências em capítulos cônicos, dispostas no ápice dos ramos, compostas por flores centrais diminutas de cor marrom-arroxeadas e de flores externas de corola alongada de cor rosa-arroxeada voltadas levemente para baixo. O conjunto, com 10 a 15 cm de diâmetro, lembra a cabeleira de um cometa, daí a razão de um de seus nomes populares. Possui raízes cilíndrico-afiladas, inteiras, sutilmente espiraladas, longitudinalmente sulcadas, fibrosas, com a casca fina, lenhosa, com poros alternos. O rizoma tem medula com a forma circular. O florescimento ocorre de setembro a novembro.


Uso popular: Indicada em síndromes gripais com tosse, bronquite, febre, dores de garganta. Na profilaxia e tratamento da gripe, rinossinusites e infecções do trato urinário. Externamente, sob a forma de pomadas ou em compressas nas queimaduras, feridas purulentas, acne e outras ulcerações na pele, ou na forma de cataplasma contra artrites, hemorróidas e doenças venéreas. Na forma de gargarejo, é indicada para dores de dente, abcessos dentais e ulcerações da mucosa oral. É indicada também para tratamento de infecções crônicas, frieiras, picada de insetos, erisipela, sífilis, impurezas do sangue e febres pútridas.

Ações farmacológicas: Os mucopolisacarídeos de alto peso molecular situados na raíz demonstrou um efeito imunoestimulante inespecífico verificado em vários níveis: aumento na produção de leucócitos e linfoquinas, aumento da taxa de properdina, elevação da produção de interferon, inibição de hialuronidase e aumento da capacidade de fagocitose por parte dos macrófagos. A arabinogalactana – obtida em cultura de células de E. purpurea – apresenta ação ativadora de macrófagos citotóxicos ás células tumorais e micro-organismos (Leishmania enrietti). Esta substância também induz macrófagos a produzirem o fator de necrose tumoral (TNF-alfa) interleucina e interferon b-2, bem como incrementa um pouco a proliferação de células T. Experimentalmente, a equinaceína demonstrou propriedades antiparasitárias e antiinflamatórias. Extratos de equinácea incrementaram em 45% a fagocitose de Candida albicans (importante no tratamento de candidíase, tão comum entre as mulheres) através de granulócitos e monócitos de indivíduos sadios in vitro. Altas doses de extrato da planta interferem nas enzimas do esperma, afetando a motilidade e, consequentemente, a viabilidade do mesmo. Diversos estudos clínicos tem demonstrado benefícios na administração de extratos de equinácea para o alívio e encurtamento de sintomas relacionados com patologias do trato respiratório superior. Em um deles, duplo-cego, com 180 pacientes voluntários, na Alemanha, com sintomas respiratórios como congestão nasal, rinite, resfriados e estados gripais, a amostra foi dividida em três grupos. O primeiro foi tratado com 900 mg diários de extrato de equinácea; o segundo grupo recebeu 450 mg e o terceiro apenas tratado com placebo. Ao fim de quatro dias, o primeiro grupo foi o único que mostrou diminuição estatisticamente significativa dos sintomas.
Um produto comercial elaborado à base de equinácea apresenta atividade anti-herpética contra vírus herpes tipo 1 e 2, suscetíveis e resistentes ao aciclovir.

Efeitos adversos e/ou tóxicos: Quando utilizada por mais de oito semanas, a equinácea pode causar hepatotoxicidade (intoxicação do fígado) e, portanto, não deve ser utilizada com outras drogas hepatotóxicas (esteróides anabólicos, amiodarona, metotrexato e cetoconazol). Por ser estimulante do sistema imune, não deve ser administrada com imunosupressores ou quando há doenças auto-imunes. Pode produzir um aumento da salivação e o uso parenteral do extrato pode produzir reações alérgicas, náuseas, vômitos e por vezes, febre. Deve-se, portanto, utilizar a planta com precaução, e não exceder o tratamento por via oral em mais de 8 semanas.

Contra-indicações: A segurança durante a gravidez e a lactação ainda não foi confirmada, não sendo recomendável o uso nestes casos.