quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Estévia

Nome Científico: Stevia rebaudiana (Bertoni) 
Família botânica: Compositae (Asteraceae)

A estévia é conhecida popularmente por outros nomes como: folha-doce, erva-adocicada, planta-doce, estévia-de-brasília, stévia, azuca-caá, caá-hé-e, caá-jhe-hê, caá-yupi e eira-caá.

A planta é brasileira, nativa do Estado do Paraná, na área de domínio da Floresta Tropical Atlântica.
A estévia pode chegar a um metro de altura. É uma herbácea perene com caule pardo semi-ereto e
possui muitas ramificações foliosas até o ápice.

As folhas, que são as partes usadas, são simples e pequenas, chegando pouco mais de 1cm de comprimento, opostas, reunidas em pequenos capítulos terminais e tem cor esbranquiçada. A floração ocorre no verão. Normalmente depois de um ano a planta perde a parte aérea e rebrota logo, a partir de sua parte subterrânea. Multiplica-se por estaquia,
mas também pode reproduzir-se por sementes.

A estévia é conhecida como adoçante, desde muito tempo pelos índios guaranis paraguaios e brasileiros. Esses povos já adoçavam o chá mate com essa planta.
Popularmente a erva também tem usos medicinais contra obesidade, estimula as funções digestivas acalmando a azia e estimulando o apetite e diminuindo as cáries dentárias. 
É diurética, antidiabética, refrigerante e tem ação anti-inflamatória. 
Usada para baixar os níveis de ácido úrico, como tônico vascular e cardíaco e redutor da hipertensão. Há relatos de que a estévia exerce efeito calmante sobre o sistema nervoso, melhorando a depressão, eliminando a fadiga, diminuindo a insônia e a tensão. 
Os indígenas do Paraguai conhecem suas folhas como contraceptiva. 

A planta possui uma importante atividade hipoglicemiante, e a maior parte dos estudos centraram-se nesta propriedade. Estudos com humanos (diabéticos e obesos) demonstraram que as curvas de tolerancias a sobrecarga de glicose pós-prandial foram melhores naqueles que receberam o extrato da stévia, comparado ao hipoglicemiante oral (glibenclamida). No Paraguai, estudos também realizados em humanos, mostraram resultados satisfatórios como hipoglicemiante, sem efeitos adversos. Tanto o esteviosídio quanto o rebaudiosídio A demonstraram um efeito protetor frente aos germes constituintes da placa bacteriana dental. Também se constatou um efeito bactericida em extratos aquosos da stévia contra uma ampla gama de bactérias infectantes de alimentos, como a E. coli. In vitro, o extrato inibiu a replicação de quatro sorotipos de rotavirus humano. Vários experimentos com animais demonstraram atividade anti-hipertensiva do componente esteviosídio, inibindo o efeito contrátil de vasopressina e fenilefrina no músculo liso de ratas.

No Japão anualmente são consumidas cerca de 1.000 toneladas de extrato de estévia ee nunca foi denunciado nenhum efeito tóxico ao Japanese Food and Drug Safety Center, mostrando que não há efeitos adversos ou tóxicos comprovados. Porém há contra-indicações na gestação e lactação, uma vez que os dados que garantem a segurança do uso nessas condições são insuficientes e que relatos populares apontam a estévia como contraceptiva.
Como usar  estévia:
Em infusão: 1 colher (chá) de folhas por xícara, 2 vezes ao dia. 
As folhas secas podem ser trituradas e transformadas em pó 10 a 15 vezes mais doce que o açúcar. Usa-se também em infusão, 1 colher (chá) de folhas por xícara de água filtrada + suco de 1 limão e gelo, um copo por dia.
Pode ser usada também 1 colher (sopa) das folhas verdes para cada copo de bebida. 

Composição química: Os resultados das análises fitoquímicas mostram a presença de
- 5 a 10% de steviosídeo (A,B,D e E),  É o principal componente da planta e tem um poder adoçante 300 vezes superior a sacarose, podendo representar até 18% da composição total da folha.
- 2 a 4% de rebaudiosídeo A e dulcosídeo (A e B). 
- steviobiosídeo, saponinas, taninos e óleo essencial,  contém álcool benzílico, a-bergamoteno, calacoreno, bisaboleno, centaureidina, borneol, b-bouboneno, a e g-cadineno, clameneno, cosmosiina e carvacrol.