terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Cipó Mil-Homens

Aristolochia é um gênero botânico pertencente à familia aristoloquiaceae.
Popularmente chamada de Cipó Mil Homens, pois a planta foi assim batizada pelo médico e sanitarista mineiro Carlos Chagas, que usou este cipó para tratar milhares de operários de uma companhia, contaminados por um tipo de malária.
O Cipó Mil Homens possui vários nomes populares: jarrinha, buta, papo-de-peru, etc, tendo em vista a existência de muitas espécies, sendo que mais de 50 são utilizadas como remédio pela população.
Seus constituintes químicos são: alcalóides, flavonóides, glicossídeos, taninos e o óleo essencial chamado de aristoláquico ou de aristoloquina.

É uma planta trepadeira que costuma se enroscar em árvores das matas brasileiras e de toda a América do Sul. Produz flores com cor de carne e odor de peixe estragado, atraindo moscas varejeiras que entram na flor em busca de alimento, ficando presas por um tempo e acabam auxiliando no processo de polinização pois dentro da flor existem pêlos virados para baixo que não permitem a saída da mosca até que o pólen seja liberado pela planta.

O Cipó Mil Homens jamais pode ser usada durante a gravidez, pois tem efeito abortivo,

É uma planta altamente tóxica. Os índios costumavam usar o cipó mil homens para envenenar a ponta das flechas, portanto, só deveria ser usada com indicação médica e não por mais de 30 dias,
Nas mulheres, aumenta o fluxo de sangue durante a menstruação,
Os obesos não devem consumir a planta, pois ela abre o apetite,
Pessoas com problemas no fígado ou pressão alta devem evitar o consumo.

A planta é tradicionalmente utilizada no tratamento da asma, febres, gota, falta de apetite, convulsões, coceira e eczemas, problemas gástricos, diarréia, hidropisia, epilepsia, pruridos, flatulências, picada de cobra, vermes, vírus resistentes, sífilis e nevralgia.


Usa-se a casca(caule) do cipó.


É dezembro e aqui no horto nosso cipozeiro está em plena floração. 

As flores do Cipó Mil Homens impressionam quando estão fechadas e muito mais quando se abrem, parecem um tecido de veludo marrom/bordô em estilo "onçinha", cuidadosamente desenhados pela mãe natureza. Não tenho certeza mas pelas pesquisas, acredito que nossa espécie seja Aristolochia gigantea.





Outras espécies:
Aristolochaia brasiliensis
Aristolochia labiata
Aristolochia lindneri
Aristolochia pistolochia
Aristolochia pontica
Aristolochia sempervirens
Aristolochia arborea
Aristolochia elegans
Aristolochia eriantha