terça-feira, 27 de maio de 2014

Sustentar 2014

O Grupo Quinta das Plantas esteve presente na Assembléia Legislativa em Florianópolis nos dias 21 e 22 de maio na quinta edição do SUSTENTAR 2014, um Fórum sobre energias renováveis, consumo responsável e agricultura rural e urbana.

O Evento reuniu pessoas de áreas diversas mas com o mesmo objetivo; debater sobre a sustentabilidade do Planeta diante dos desafios impostos pelo crescimento da população mundial, que demanda maior produção energética, de alimentos e de bens de consumo, ao mesmo tempo em que aumenta a exigência por qualidade de vida.

Paralelo ao SUSTENTAR 2014 aconteceu o Seminário Estadual de Agricultura Urbana e Periurbana (AUP), promovido pelo Grupo de Trabalho de AUP do CONSEA/SC (Conselho Nacional de Segurança Alimentar) com as propostas de: debater e contribuir para a construção do tema a partir das características do território de Santa Catarina; construir uma agenda coletiva para o desenvolvimento e aprimoramento do tema no Estado; sensibilizar gestores públicos, entidades e comunidades para a promoção de práticas e iniciativa de AUP e conhecer as perspectivas de diferentes atores sociais e politicos sobre o tema.



Abertura - CEPAGRO
Deputado Padre Pedro
Quinta das Plantas presente no 1 Seminário Estadual de Agricultura Urbana


EXPOSIÇÕES DE PAINÉIS




 



EXPOSIÇÃO E VENDA DE PRODUTOS ORGÂNICOS




ARTE COM COLAGEM DE "LIXO"



EVENTOS PARALELOS










sábado, 24 de maio de 2014

Tupinambor


Helianthus tuberosus , conhecida popularmente como tupinambô, tupinambor ou girassol batateiro.

É uma espécie do gênero botânico Heliantus, da Família Asteraceae.
É uma planta nativa da América do norte e cultivada por seu tubérculo comestível e para ornamentação, pois se assemelha ao girassol.
Diferentes da maioria dos tubérculos, porém em comum com os outros membros da família (incluindo a alcachofra ), os tubérculos armazenam, em vez de amido, a inulina, um carboidrato que, por meio da cocção, se decompõe em moléculas de frutose. Por esta razão é uma fonte importante de frutose para a indústria.
Os tupinambôs foram cultivados pelos povos ameríndios muito antes da chegada dos europeus. Um explorador francês encontrou esta planta na costa nordeste dos Estados Unidos em 1605.
Apesar de ser originária a América do Norte, o nome tupinambô é provenientes dos Tupinambás, povos indígenas que viviam no Brasil. Alguns indivíduos desses povos foram levados a Paris em 1613 na mesma época em que se difundiu o cultivo desta planta na França e logo ao resto da Europa, o que fez que os europeus associassem os indígenas brasileiros à planta de origem norte-americana.
A primeira muda de tupinambor chegou em Santa Catarina pelas mãos de uma freirinha que deixou muita saudade, Irmã Eva Michalak que faleceu aos 94 anos. Seu profundo conhecimento foi a inspiração dos pesquisadores de Santa Catarina.

O tupinambor é considerado um alimento terapêutico porque é rico em inulina, um tipo de açúcar que não é digerido no estômago. “O mecanismo de ação do tupinambor é via intestino. Assim, ele consegue controlar problemas de diabetes, colesterol, obesidade e, principalmente, a constipação intestinal”. Essa substância favorece o movimento peristáltico no aparelho digestivo e ajuda na procriação das bactérias benéficas ao organismo e na regulação intestinal.

O Tupinambor é rico em vitaminas e minerais, principalmente ferro, fósforo, potássio, niacina e tiamina. Seria muito semelhante à batata se o amido não fosse substituído pela inulina. Consumido cru ele quase não tem sabor, mas fica adocicado quando é cozido, com sabor semelhante ao da alcachofra. Além do pão e bolachas da farinha, pode ser servido assado e na forma de purê, sendo adicionado normalmente a sopas e cremes, podendo também fazer parte do café da manhã com um iogurte, granola ou suco.

A planta é rústica e de fácil cultivo, mesmo em solos pouco férteis. É resistente a doenças e predadores. A multiplicação é feita através da plantação dos tubérculos em linha, mas atenção! Na terra, só adubo natural. Planta medicinal não combina com agrotóxico. Quando se fala que é medicinal, se está oferecendo saúde. Tem que ser 100% orgânico.



Nossa primeira e ainda pequena colheita de Tupinambor aqui na AFFESC

Sr.Cidemar e Édina felizes com a colheita




terça-feira, 6 de maio de 2014

Mão-de- Deus


Nome Botânico: Tithonia diversifolia (Hemsl.) A. Gray
Família botânica: Asteraceae ( Compositae )
Sinonímias: Mirasolia diversifolia Hemsl, Urbanisol tagetiflora var. diversifolius (Hemsl.) Kuntze
Nomes populares: mão-de-deus é o nome mais comum devido a suas folhas serem recortadas lembrando o formato de dedos, ou quem sabe, acredito eu, é porque ela realmente tem um poder divino como tem se mostrado sua ação sobre a dependência e abstinência de psicotrópicos (grifo meu), pode ainda ser chamada de titônia, boldo-japonês, margaridão-amarelo, girassol-mexicano , flor do Amazonas.

Origem ou Habitat: Colômbia. Ocorre da América Central até as Índias Ocidentais, tendo sido naturalizada nos Trópicos, onde é muito cultivada devido a beleza e o tamanho de suas flores.
Características botânicas: Arbusto perene, semi-herbáceo, vigoroso, ereto, ramificado, até 3 m de altura. As folhas são inteiras ou com vários recortes, grandes, de até 35 cm de comprimento, ovalado-orbiculares e pubescentes. Inflorescências terminais ou laterais com grandes flores amarelas, vistosas em capítulos grandes. 
Propagação: Brotação de ramos, sementes e estacas.
Partes usadas: Folhas. Em estudo as flores e raízes também.
Uso popular: Utilizada no tratamento de distúrbios gástricos e hepáticos e como anti-inflamatória. Usado para atenuar a síndrome de abstinência a drogas psicotrópicas em dependentes químicos, como álcool, tabaco e outras.
Composição química: 
 -Nove novos sesquiterpenos lactones foram isolados: oito germacranolideos e 1 eudesmanolideo elucidadas por método de espectroscópio. (Schuster et al. (1992)).
 -U novo ácido artemísico foi isolado do caule e da raiz deTithonia diversifolia. (Bordoloi et al. (1996)).
- Foi determinado, por método de espectroscópio, Diversifolo [4-alpha-hidroxi-4-beta-dimethil–7-beta (metil 1E-propenoate)-trans– decaninel] e um eudesname sesquiterpeno isolado de folhas de Tithonia diversifolia. (Segundo Kuo et al. (1997)).
 - Identificado em Tithonia diversifolia dois novos heliangolideos em adição ao heliangolideo tagitinin F e 1,2-epoxitagitinin C, um conhecido guaianolideo e o flavone hispidulim. (Pereira et al. (1997)).
- Dois novos compostos, um germacrane sesquiterpeno, 1 acetiltagitinin A (1), e um guaianane sesquiterpeno, 8 beta- isobutiriloxicumambranolide (2), foram isolados de folhas de Tithonia diversifolia juntamente com dois compostos conhecidos metil 3 alpha-acetoxi-4alpha-hidroxi- 11(13)-eudesmem-12-oate e tagitinin A. (Kuo et al. (1998)).
- Identificado diversifolide (4, 15-dinor-3-hidroxi-1(5)- xanthen-12, 8-olide), um recente dinorxanthane sesquiterpeno e um novo chromone, 6-acetil–7–hidroxi-2,3-dimethilchromone, juntamente com quatro compostos conhecidos: 2-deacetil–11 beta, 13 – dihidroxixanthinin, 2-acetil-2,2 dimethilchromene, 6-acetil-7-hidroxi-2,2-dimethilcromene e 6-acetil-7-methoxi- 2,2 dimethilcromene foram isolados da raiz de Tithonia diversifolia. (Kuo et al., (1999)).
Ações farmacológicas: O extrato de folhas de Tithonia diversifolia apresentou atividade anti-edematogênica, analgésica e anti-inflamatória induzida por carragenina em camundongos, corroborando um de seus usos populares. O componente tagitinin C mostrou-se eficaz contra o Plasmodium falciparum, causador da malária, em um estudo in vitro. O extrato de lavagem glandular das folhas apresentou um potente efeito contra a Leishmania major, causadora de leishmaniose, devido a seus constituintes principais, as lactonas sesquiterpênicas.
Interações medicamentosas: Não há estudos.
Efeitos adversos e/ou tóxicos: estudos com Artemia salina e ratos mostrou toxicidade ; em ratos mostrou toxicidade hepática e renal dose e tempo dependente , mesmo em baixas doses.
Estes fatos mostram a necessidade de mais estudos sobre a toxicidade desta espécie .
Contra-indicações: evitar o uso em grávidas e nutrizes
Posologia e modo de uso: Pó: recomenda-se secar as folhas e triturá-las até se obter um pó, que deve ser peneirado e guardado em vidros ao abrigo da luz; colocar uma pequena pitada deste pó na ponta da língua nos momentos de maior vontade de usar as drogas das quais querem se livrar , até seis vezes ao dia.
Observações: O uso interno seguro desta espécie necessita mais estudos quanto a toxicidade .
Referências:
AMBROSIO, S. R. et al. Atividade leishmanicida de lactonas sesquiterpênicas de Tithonia diversifolia (Asteraceae). In: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍMICA, 30ª, 2007, Águas de Lindóia. Resumos. Águas de Lindóia: [s.i.], 2007. p. 263.
GOFFIN, E. et al. In Vitro Antiplasmodial Activity of Tithonia diversifolia and Identification of its Main Active Constituent: Tagitinin C.Planta Med. v. 68, n. 6, p. 543-545, 2002.
LUSTOSA, C.P. F. Aplicação do Extrato e dos Resíduos das Folhas de Tithonia diversifolia como Adubo Orgânico e Agente Anti-edematogênico em Edema de Pata Induzido por Carragenina e Veneno de Serpente Bothrops jararaca. São José dos Campos, SP: Universidade do Vale do Paraíba, 2005.
OWOYELE, V. B. et al. Studies on the anti-inflammatory and analgesic properties of Tithonia diversifolia leaf extract. Journal of Ethnopharmacology, [S.I.], v. 90, n. 2-3, p. 317-321, February 2004.
SILVA JÚNIOR, A. A. Plantas Medicianais. . Florianópolis: Epagri (PROMED – Projeto Plantas Medicinais), 1994. CD ROM.
ATIVIDADE ANTIFÚNGICA E TOXICIDADE DAS INFLORESCÊNCIAS DE FLOR-DO-AMAZONAS (Tithonia diversifolia) ANTIFUNGICAL ACTIVITY AND POTENTIAL TOXICITY OF INFLORESCENCES OF FLOWER OF AMAZON (Tithonia diversifolia) Márcia N. M. Castro 1 ; Maria E. da S. Barros 1 ; Rosana G. Rodrigues-Das-Dôres 1 ; Ricardo Stefani 2 1. Universidade Federal de Ouro Preto. Ouro Preto-MG. Brasil. 35.400-000. 2. Universidade Federal do Mato Grosso. Barra do Garças-MT. Brasil. 78.60
Toxicity studies of Tithonia diversifolia A. Gray (Asteraceae) in rats. Elufioye TO, Alatise OI, Fakoya FA, Agbedahunsi JM, Houghton PJ. Source Faculty of Pharmacy, Department of Pharmacognosy, University of Ibadan, Ibadan, Nigeria.

Texto extraído de Horto medicinal do HU

Aqui na ilha de Florianópolis somos abençoados por Deus com a sua mão, a "Mão de Deus". Temos muitas plantas adornando nossa natureza com suas flores amarelas que atraem grande variedade de insetos com seu aroma de mel.
As fotos abaixo registrei em uma trilha do Rio Vermelho à Praia do Moçambique;

Caminho dourado

Folha da Mão de Deus

Um inseto se deliciando
Feliz e grata pela colheita